Há quem goste e quem
deteste, mas poucos lhes ficam indiferentes. As tatuagens são uma forma de
afirmação individual e a sua popularidade tem crescido recentemente.
Conhecidas desde há
mais de 5 mil anos, as tatuagens têm evoluído com tempo e começam agora a dar
um passo decisivo de mudança, graças ao desenvolvimento da química: com as
novas tintas removíveis, as tatuagens perdem a sua característica mais marcante
– vão deixar de ser um compromisso para toda a vida.
As tintas para tatuagem
são normalmente obtidas por suspensão de um corante num líquido apropriado:
água, álcool, glicerina ou uma mistura destes. Os corantes variam muito na sua
composição e os mais usados são relativamente inócuos. As tintas pretas são
normalmente óxidos de carbono, enquanto as azuis são obtidas com sais de cobre
ou óxidos de cobalto. O branco pode ser dióxido de titânio, óxido de zinco ou
carbonato de chumbo. Estes compostos são estáveis sob a pele e a tatuagem é
definitiva.
As tintas removíveis
têm uma filosofia completamente diferente: são baseadas em corantes que podem
ser absorvidos e degradados pelo organismo. O corante absorvível é
envolvido numa cápsula transparente que garante a sua permanência na pele,
enquanto o dono da tatuagem assim o desejar. A cápsula protetora é
feita de um material sensível à luz, que se decompõe quando irradiado com um
laser apropriado.
Deste modo, quando o
feliz proprietário desta tatuagem decide removê-la, só tem de usar um laser
adequado para degradar as cápsulas protetoras, libertando assim, as moléculas
de corante. Estas são depois absorvidas e metabolizadas pelo organismo e em
algumas horas a tatuagem desaparece sem deixar qualquer marca!
Um avanço importante
para quem prefere o que é temporário e volúvel…
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