10
cientistas mais importantes de todos os tempos
Eles tiveram ideias e fizeram descobertas
que transformaram o mundo. Seus pensamentos explicaram desde o funcionamento
das forças que regem o cosmo até o que acontece no nosso corpo e mente. Graças
a eles o ser humano conseguiu compreender e dominar muitos aspectos da
natureza, de coisas que antes eram atribuídas à vontade de deuses ou demônios.
Entre todos os cientistas que ao longo da história têm contribuído para isso
alguns se destacam por sua genialidade. Eles são os cientistas mais influentes
de todos os tempos.
Foi principalmente desde o fim da Idade
Média que a humanidade começou a desenvolver uma concepção científica do mundo.
Naqueles tempos, a ideia de que há leis na natureza que regem todos os fenômenos
começou a se sobrepor a superstições e ao medo da magia. A matemática, que
vinha se desenvolvendo desde o antigo Egito, foi a base das descobertas
extraordinárias que começaram a acontecer. Os responsáveis por isso foram
homens que usaram a ciência para iluminar os caminhos da civilização, com
conquistas tecnológicas, médicas e sociais, entre outras, praticamente
inimagináveis há apenas alguns séculos. Conheça nas páginas a seguir quem são
dez dos mais influentes cientistas de todos os tempos, apresentados em ordem
cronológica.
Nicolau Copérnico (1473-1543)
A partir de suas
observações do céu a olho nu, pois a luneta ainda não havia sido inventada, o
polonês Nicolau Copérnico fez uma descoberta que causou a primeira grande
revolução em nossa concepção do universo. Estudioso de astronomia, matemática e
medicina, ele escreveu "Sobre as Revoluções das Esferas Celestes", na
qual afirmou que a Terra gira em torno de seu próprio eixo uma vez por dia e em
torno do Sol uma vez por ano. Numa época em que os dogmas da então poderosa
Igreja Católica afirmavam que a Terra ficava parada no espaço e era o centro do
universo, a descoberta de Copérnico era fantástica e ousada. Sua concepção
de heliocentrismo, ainda
que imperfeita, pois previa órbitas circulares dos planetas em torno do Sol,
quando na verdade elas são elípticas, iniciou um fabuloso processo de
descobertas astronômicas e físicas nas décadas a seguir.
Galileu Galilei (1564-1642)
O italiano Galileu Galilei foi um dos primeiros a perceber como a matemática
aplicada aos fenômenos naturais nos propicia um poder extraordinário para
compreender o que acontece no cosmo. Algumas décadas depois de Copérnico ter
concebido o sistema heliocêntrico, Galilei o confirmou após dedicar sua vida à
pesquisa, à observação dos planetas, aos cálculos e ao aperfeiçoamento do
telescópio. Além da concepção heliocêntrica, Galilei cometeria outra heresia ao
contestar os pensamentos inquestionáveis de Aristóteles sobre o movimento. Mas
foi sua afirmação de que a Terra, assim como os outros planetas conhecidos,
giravam em torno do Sol que o levou ao tribunal da Santa Inquisição. Para
escapar da morte na fogueira, Galilei assinou uma declaração na qual se
considerava um pecador por tal afirmação. No entanto, após tê-la assinado, ele
teria murmurado: "Mas ela gira".
Johannes Kepler (1571-1628)
Contemporâneo de Galileu Galilei, Kepler foi responsável por descobrir que a volta que
os planetas dão em torno do Sol é elíptica e não circular como acreditavam
Copérnico e Galilei. Sua dedicação à matemática euclidiana era tal que afirmou:
"a geometria é Deus". O talento matemático do alemão Kepler o levou a
trabalhar ao lado do nobre dinamarquês e matemático imperial Tycho Brahe. O
dinamarquês possuía observações astronômicas muito mais precisas do que
qualquer um naquela época e elas foram fundamentais para as conclusões de
Kepler. O movimento orbital de Marte, observado por Brahe, levou Kepler a
descobrir que as órbitas dos planetas em torno do Sol eram elípticas. E ele foi
além. O alemão desenvolveu as três leis fundamentais dos movimentos planetários
e com isso fundou a astronomia moderna.
Isaac
Newton (1642-1727)
O
legado de Copérnico, Galilei e Kepler foi fundamental para que o inglês Isaac Newton desenvolvesse suas ideias sobre gravitação universal,
uma audaciosa suposição que mudou o destino da ciência. Ainda jovem, Newton
desenvolveu o cálculo, uma das mais importantes áreas da matemática moderna,
além de ter elaborado o conceito de força e a teoria mecânica. O cálculo
possibilitou a Newton ter as técnicas necessárias para suas descobertas a
respeito da gravidade. A primeira de suas três famosas leis diz que um corpo
permanece em repouso ou em movimento uniforme ao longo de uma linha reta, a
menos que sofra ação de uma força externa (lei da inércia). A segunda afirma
que o efeito de uma força contínua sobre um corpo inicialmente em repouso ou em
movimento uniforme é fazê-lo acelerar. E a terceira diz que se um corpo exerce
uma força sobre o outro, o segundo exercerá ao mesmo tempo força oposta e da
mesma intensidade sobre o primeiro. Newton, ao combinar teoria mecânica e
matemática, explicou como o mundo funciona e como é possível calcular o que
acontece nele.
Antoine
Laurent Lavoisier (1743-1794)
Apesar de cursar direito na faculdade, eram as aulas de
ciência que interessavam ao nobre francês Antoine Lavoisier. Foi esse interesse
que o levou a escrever "Tratado Elementar da Química", obra que
marcou a fundação da química moderna. Sua contribuição mais famosa e importante
é a lei da conservação da
matéria, na qual afirma que na natureza nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma. O cientista foi responsável também por elaborar a
nomenclatura das substâncias químicas e pela descoberta de que a água é uma
substância composta, formada por hidrogênio e oxigênio, uma afirmação que
contrariava um dos princípios aristotélicos até então em vigor, que pressupunha
que a água era uma substância impossível de se decompor. Ligado à nobreza e ao
governo monárquico, Lavoisier foi morto na guilhotina durante a Revolução
Francesa.
Charles
Darwin (1809-1882)
Antes dele, a ciência já havia mostrado que a Terra não era o
centro do universo. Com as descobertas de Charles
Darwin um
novo e definitivo golpe foi desferido nos dogmas religiosos e nos mitos de
criação divina do cosmo e do ser humano. Se dependesse de seu pai, Darwin teria
concluído os cursos de medicina ou teologia, mas o interesse do inglês por
botânica o fez embarcar na expedição que o navio HSM Beagle fez para a América
do Sul, numa missão de pesquisa científica. Foi durante essa viagem que ele fez
as observações que o levariam a desenvolver a revolucionaria teoria da evolução das
espécies. Suas conclusões mostravam que a humanidade era somente um
passo a mais num processo evolutivo de sobrevivência e de seleção natural. Até
hoje a ideia de que o homem descende do macaco é a mais ousada já desenvolvida
pela ciência. A revolução que colocava o ser human
o no seu devido lugar no
universo, iniciada por Copérnico, estava concluída com a publicação de “Sobre a
origem das espécies por meio da seleção natural”, de Charles Darwin.
Louis
Pasteur (1822-1895)
Sua descoberta da ação dos microorganismos teve impactante consequência tanto na
química como na medicina. O francês Louis Pasteur ao investigar os processos de
fermentação do vinho e da cerveja descobriu que eles ocorriam devido a ação de
microorganismos que se encontram no ar. Isso o fez compreender que os
microorganismos eram responsáveis também por moléstias contagiosas. As
descobertas de Pasteur o levaram a criar métodos para evitar a ação desses
nocivos agentes externos tanto nos alimentos, com a criação do processo de pasteurização,
como nos seres humanos, com o desenvolvimento de medidas profiláticas na medicina e a criação das vacinas, como a antirrábica. A
contribuição de Pasteur possibilitou estabelecer uma nova e melhor perspectiva
de vida para a humanidade.
Sigmund
Freud (1856-1939)
No final do século 19, o homem já conhecia bastante sobre o
funcionamento do universo e do corpo humano. Mas não sabia muito sobre a
principal ferramenta que utilizava nessas descobertas: a mente. Graças às
investigações científicas experimentais de um médico neurologista austríaco
isso mudou radicalmente. Sigmund
Freud desenvolveu um conjunto de teorias e práticas clínicas para
compreender os problemas mentais que nos afligem. O resultado foi a criação da psicanálise, ao mesmo tempo campo de
estudo e tratamento que mostram que são fatores psicológicos e não orgânicos os
causadores de muitos males que acometem a mente humana. O desenvolvimento da
psicanálise por Freud possibilitou o tratamento de uma série de desordens
mentais, como histerias, neuroses e depressões. Suas descobertas e pensamentos
influenciaram boa parte da produção intelectual, das ciências humanas às artes,
desde o início do século 20.
Albert
Einstein (1879-1955)
Quando Albert
Einstein nasceu
fazia quase dois séculos que Isaac Newton havia provado que tempo e espaço eram
absolutos e não tinham nenhuma relação com coisas exteriores. Desde então se
acreditava que o tempo fluía de modo equitativo e o espaço permanecia sempre
semelhante e inamovível. Essas certezas cairiam por terra com as ideias de
Einstein. O cientista alemão supôs que não há nada que se possa chamar de
movimento absoluto. Segundo Einstein, toda velocidade é relativa ao referencial
específico que a define. Assim, se há movimento relativo, o tempo e o espaço se
tornam relativos e o tempo é tão intrinsecamente ligado ao espaço que se torna
uma quarta dimensão dele. Com sua Teoria da Relatividade,
Einstein provocou uma revolução na nossa visão sobre o universo. Suas ideias
anunciaram o fim da física clássica e o início da era da física quântica e da
energia nuclear.
Niels Bohr
(1885-1962)
Ele solucionou um dos maiores enigmas da ciência: o da
estrutura atômica. E fez isso ao usar um então inovador campo do conhecimento
científico: a física quântica.
O dinamarquês Niels
Bohr,
ganhador do Nobel de Física de 1922, começou suas revolucionárias descobertas
ainda jovem. Quando estudava na Universidade de Copenhague, Bohr compreendeu em
um de seus experimentos que as regras da física clássica não se aplicavam aos
níveis subatômicos. Segundo ele, para entender o que acontecia dentro de um
átomo, era necessário desenvolver uma nova física. Ao aplicar a teoria quântica
do alemão Max Planck, Bohr mostrou que ela era essencial para explicar os
fenômenos subatômicos. Suas descobertas levaram ao desenvolvimento da mecânica
quântica e à precisa
explicação do que acontecia numa fissão nuclear.
o no seu devido lugar no universo, iniciada por Copérnico, estava concluída com a publicação de “Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural”, de Charles Darwin.
Quando Albert
Einstein nasceu
fazia quase dois séculos que Isaac Newton havia provado que tempo e espaço eram
absolutos e não tinham nenhuma relação com coisas exteriores. Desde então se
acreditava que o tempo fluía de modo equitativo e o espaço permanecia sempre
semelhante e inamovível. Essas certezas cairiam por terra com as ideias de
Einstein. O cientista alemão supôs que não há nada que se possa chamar de
movimento absoluto. Segundo Einstein, toda velocidade é relativa ao referencial
específico que a define. Assim, se há movimento relativo, o tempo e o espaço se
tornam relativos e o tempo é tão intrinsecamente ligado ao espaço que se torna
uma quarta dimensão dele. Com sua Teoria da Relatividade,
Einstein provocou uma revolução na nossa visão sobre o universo. Suas ideias
anunciaram o fim da física clássica e o início da era da física quântica e da
energia nuclear.
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